sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Lição 13 - O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS

LIÇÂO 13
O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS
Texto Áureo: Sl. 54.6 – Leitura Bíblica: Fp. 4.14-23

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na última aula destacamos que Paulo aprendeu a se contentar com o que tinha em todas as circunstâncias, tendo em vista que a fonte da sua alegria era Cristo, não as condições materiais, nem mesmo a oferta dos filipenses. Hoje nos voltaremos para a apreciação do Apóstolo em relação à contribuição daqueles irmãos. Mostraremos que ele recebeu o suprimento como um sacrifício agradável a Deus, colocando o foco não nele mesmo, mas em Deus, sendo Este o Único digno de honra e glória.

1. O RECEBIMENTO DA OFERTA POR PAULO
Paulo recebeu a oferta dos crentes filipenses com gratidão, não com um espírito de ganância, como muitos líderes evangélicos contemporâneos. Como ele mesmo expressou em Fp. 4.17, seu foco não estava nos presentes. Ele havia aprendido o segredo do contentamento, esse mistério que se encontra em Cristo, a fonte da verdadeira alegria. Essa é uma demonstração de maturidade, nem todos a alcançaram. Há obreiros totalmente dependentes das circunstâncias, que se distraem com qualquer tribulação. Esses certamente passarão por muitas provas, até que sejam capazes de tirar as lições dadas por Deus através do Apóstolo. A escola de Deus é o inverso da humana, primeiro passamos pela prova, depois extraímos a lição. Somente aqueles que passam por esse aprendizado podem dizer como Paulo: “tudo posso em Cristo que me fortalece” (Fp. 4.13). Quando o cristão chega a esse nível de maturidade, então é capaz de depender de Deus, e colocar nEle sua confiança. Tal como o salmista, poderá afirmar: o Senhor é o meu pastor e de nada tenho falta (Sl. 23.1). Essa é a tradução aproximada do texto no hebraico, o Senhor, de fato, é nosso Pastor, mesmo que falte alguma coisa, Ele é nossa suficiência. Para o obreiro que confia em Deus, as ofertas que chegam às suas mãos são sacrifícios, agradáveis a Deus. Primeiramente porque sabe que se trata de uma provisão de Deus, a expressão de renúncia dos irmãos. Além disso, é uma demonstração de generosidade, atitude pouco comum, em virtude da natureza egocêntrica do ser humano. Paulo diz aos crentes filipenses, e por extensão, a nós, que Deus supre as necessidades daqueles que contribuem para a obra do Senhor. De vez em quando alguém quer se apropriar indevidamente de Fp. 4.19, requerendo o suprimento das necessidades, sem predisposição para o sacrifício da oferta. O agricultor investe alguns grãos na terra, a fim de, no futuro, possa colher o seus frutos, assim acontece com aqueles que contribuem para o crescimento do Reino de Deus (II Co. 9.6). Em uma sociedade que endeusou Mamom, curvando diante do Mercado, é um sacrifício ofertar, mas essa é uma demonstração de submissão ao senhorio de Cristo (Mt. 6.24).

2. COMO SACRIFÍCIO AGRADÁVEL A DEUS
Deus ama aqueles que entregam suas ofertas com alegria, não porque são coagidos a fazê-lo, mas com generosidade (II Co. 9. 7). Paulo reconheceu que a atitude dos crentes filipenses era um exercício de sacrifício. Esse é um sentimento que precisa ser cultivado pelos obreiros do Senhor. Nem todos atentam para o fato de que muitos abrem mão do pouco que ganham para investir no Reino. Em uma sociedade de consumo, na qual todo dinheiro é pouco, somente os que são fiéis a Deus podem ser generosos. Os obreiros, ao invés de coagir os crentes à doação, devem orientá-los, ao desprendimento. Ao mesmo tempo, serem compreensíveis, e motivando aqueles que têm dificuldade para tal. Eles precisam ser ensinados que na medida em que doam ao outro, menos colocam o foco em neles mesmos. É o que faz Paulo em Fp. 4.17, inicialmente revela que seu propósito maior não é a dádiva, mas o aumento da conta espiritual dos crentes. O Apóstolo faz uso de uma metáfora contábil, o verbo grego pleonazein, traduzido por “que aumente”, mostra que os crentes têm um banco espiritual no qual precisam investir. Jesus também ensinou Seus discípulos a depositarem não apenas o dinheiro, mas a fé, na eternidade (Mt. 6.19,20). A oferta é um ato espiritual que tem uma dimensão escatológica. Aqueles que o fazem com alegria estão mostrando, não apenas a Deus, mas a eles mesmos, que miram em riquezas eternas. Os líderes da teologia da ganância têm explorado essas passagens bíblicas para explorarem seus adeptos. A teologia da barganha tem campeado nos arraias pseudopentecostais. Os cristãos evangélicos precisam ter cuidado com esses lobos devoradores (II Co. 12.14-18). Por outro lado, não podem deixar de reconhecer que aqueles que ofertam ao Senhor, exercitam a generosidade, se o fizerem com alegria. Dízimos e ofertas devem ser entregues à igreja, mas isso não exime o crente de atentar para os necessitados. Lembremos, pois, da orientação do sábio: “quem se compadece do pobre ao Senhor empresta” (Pv. 19.17), e que “mais bem-aventurado é dar do que receber” (At. 20.35).

3. TUDO PARA A GLÓRIA DO DEUS
A igreja de filipos supriu as necessidades de Paulo, não os desejos, que são coisas totalmente diferentes. Há muitos líderes, e também liderados da igreja, que querem ter todas as suas vontades satisfeitas. Mas Jesus nos ensinou a orar pedindo “o pão nosso de cada dia”, não tudo o que desejamos (Mt. 6.11). Estar atento às necessidades, e diferenciá-las dos desejos, é uma forma de dar glória a Deus. Na verdade, tudo que nos acontece, deve ser motivo de glorificar o Deus de providência. Por isso Paulo conclui sua Epístola com uma doxologia, um louvor ao Senhor que a tudo providencia. Lutero dizia que muitas pessoas chegam diante de Deus somente com os cestos vazios. Tal como os nove leprosos curados por Jesus, não retornam para agradecer (Lc. 19.11-19). Em consideração à generosidade dos filipenses, Paulo impetra sobre eles as bênçãos divinas. Ele invoca a graça do Senhor Jesus Cristo, para que essa esteja com eles (Fp. 4.23). Isso porque o tratamento de Paulo para com os filipenses está baseado na graça, o favor imerecido de Deus. Diferentemente dos líderes religiosos que tentavam se infiltrar naquela igreja, ele tinha amor pelo rebanho de Deus, e não fazia imposições legalistas. Ele saúda “a todos os santos em Cristo Jesus”, esse é o fundamento da comunhão cristã, sem ela imitamos o mundo, em suas hierarquias e relações de negociação. Os santos que estavam com Paulo também enviaram saudações aos filipenses, principalmente os que estavam “na casa de Cesar” (Fp. 4.22). O evangelho de Jesus Cristo estava sendo disseminando até mesmo no seio do império romano. Esse era um espaço inóspito, repleto de traições, opressão e violência. Mas o senhorio de Cristo estava tomando lugar entre os súditos do imperador, vidas estavam sendo transformadas naquele antro de dissolução. O lugar dos cristãos não é escondido em guetos, ou em clausuras, mas no mundo, para nele serem sal e luz (Mt. 5.13-15). Paulo compreendeu que sua prisão em Roma era uma oportunidade, não uma adversidade, para que o evangelho se espalhasse a partir daquele grande centro.

CONCLUSÃO
Como Paulo, devemos, no mundo, agir como súditos do Reino de Cristo, certos de que somos embaixadores de uma pátria celestial. Essa não é uma tarefa fácil, na verdade, é desafiador proclamar uma mensagem que é considerada ultrapassada pela sociedade moderna. Mas devemos, com amor, investir esforços e recursos, para a expansão da mensagem de Cristo até aos confins da terra (At. 1.8). Para tanto é preciso demonstrar generosidade, na contribuição para com aqueles que estão além-fronteiras, trabalhando na seara de Cristo, esses devem ser objeto da nossa consideração, e não poucas vezes, sacrifício, inclusive financeiro.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Filipenses. São Paulo: Hagnos, 2007.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lição 12 - A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO

LIÇÃO 12
A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
Texto Áureo: Fp. 4.13 – Leitura Bíblica: Fp4.10-13

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da reciprocidade enquanto característica do amor cristão. Somente aqueles que amam são capazes de agir pelo outro sem interesse próprio. Essa é justamente uma marca do genuíno amor cristão – agape – que se mostra desinteressado.  No início da aula abordaremos o papel do contentamento para a expressão do amor-agape, em seguida, a atuação do amor que a igreja deve ter pelos obreiros, ao final, destacaremos a relevância do amor do obreiro pela igreja.

1. AMOR FUNDAMENTADO NO CONTENTAMENTO
Somente pode amar aqueles que aprenderam a estar contentes, isto é, que não dependem das circunstâncias para ter alegria. Consoante ao que estudamos na aula anterior, aqueles que desfrutam da paz de Deus, pode exercitar o amor-agape. É sempre importante destacar que o amor cristão exige ação. Deus amou o mundo de uma maneira extraordinária e deu Seu Filho para a salvação dos pecadores (Jo. 3.16). De igual modo, aqueles que amam a Deus devem demonstrá-lo, tanto amando a Ele, quanto ao próximo (Mt. 22.34-40). Se Jesus demonstrou o Seu amor para conosco, entregando a Sua vida na cruz do calvário, devemos fazer o mesmo pelos nossos irmãos (I Jo. 3.16). O amor cristão exige desprendimento, ou seja, disposição para abrir mão do que tem em prol dos outros (I Co. 13). Vivemos em uma sociedade extremamente individualista. O capitalismo selvagem está lançando as pessoas cada vez mais para longe uma das outras. O consumismo também faz com que as pessoas queiram sempre mais. Por causa disso, as pessoas não querem abrir mão do que possuem para satisfazer ao necessitado. Essa doença está adentrando até mesmo as igrejas evangélicas. Tais atitudes são totalmente contrárias àquelas dos crentes de Jerusalém do primeiro século, que eram sensíveis às carências uns dos outros (At. 4.34-37). Paulo não sofria dessa enfermidade espiritual, antes de qualquer coisa, aprendeu a estar contente, independentemente das situações (Fp. 4.12). Por isso, tanto sabia ter fartura quanto padecer necessidade, nada o tirava do centro, que é Cristo. Ele é Aquele que o fortalecia, mesmo na prisão em Roma, e passando por momentos de privações (Fp. 4.13). Há líderes evangélicos que citam esse texto indevidamente, sem atentar para o contexto, eles ficam apenas com o “tudo posso naquele que me fortalece”. No contexto, Paulo mostra que tanto podia viver em fartura quanto em necessidade. É bom saber viver a partir da porção acostumada, como disse o sábio judeu (Pv. 30.7-10).

2. AMOR DA IGREJA PELO OBREIRO DO SENHOR
A obra de Deus precisa de reciprocidade, sem essa, todo trabalho será realizado com dificuldade. Essa verdade se aplica principalmente ao contexto missionário, em relação àqueles que estão em outros países. Os crentes devem ser motivados a contribuírem com generosidade para a manutenção do trabalho missionário. Os que entregam suas ofertas, com alegria, partilharão do galardão daqueles que estão além fronteiras (I Sm. 30.24). Havia uma relação de reciprocidade entre a igreja de Filipos e Paulo, esse envolvimento não era apenas financeiro, mas também afetivo. Toda igreja pode contribuir bastante enviando ofertas, mas não pode esquecer-se da responsabilidade relacional. Não é fácil o missionário deixar sua terra, ir para outra cultura, enfrentar a hostilidade dos povos. Os crentes filipenses, além de enviar auxílio financeiros para Paulo (Fp. 4.10,17), também proveram sustento espiritual nas tribulações (Fp. 4.14). Aquele ato de entrega foi uma demonstração nítida de amor cristão, não apenas um encargo eclesiástico. A igreja de Filipos tinha um lugar especial no coração do Apóstolo. Era uma igreja compromissada com o ministério de Paulo, fiel e assumidamente missionária (Fp. 4.15). Os escândalos do movimento gospel não podem ser motivo para deixarmos de contribuir com as obras reconhecidamente evangélicas. Os obreiros que se dedicam com denodo à obra do Senhor devem ser recompensados, pois digno é o obreiro do seu salário (I Tm. 5.17,18). O obreiro, por sua vez, deve ser grato pela manifestação de amor da igreja. Não apenas o agradecimento é necessário, também a transparência em relação ao uso dos recursos financeiros enviados. Paulo sempre foi cuidadoso a esse respeito, tinha uma preocupação ética em relação à arrecadação e a condução das ofertas para as igrejas (II Co. 8.19-21). A diminuição na contribuição em várias igrejas, além do apego exagerado as coisas materiais, tem a ver com a falta de zelo dos obreiros no uso dos recursos arrecadados.

3. AMOR DO OBREIRO DO SENHOR PELA IGREJA
O obreiro do Senhor deve demonstrar gratidão à igreja pela entrega dos recursos financeiros, bem como pelo cuidado espiritual (Fp. 4.10). Ao mesmo tempo, deve ter equilíbrio espiritual para não fiar sua segurança em bens materiais. Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que esse tivesse cuidado com o amor as riquezas (I Tm. 6.10). Muitos obreiros estão decaindo no ministério por causa do seu apego ao dinheiro. A motivação principal para o ministério pastoral nunca deve ser o acúmulo de bens. Essa é uma deturpação do movimento evangélico desses últimos tempos. Evidentemente isso não quer dizer que a igreja deve ser irresponsável em relação aos cuidados básicos dos seus obreiros. Muito pelo contrário, aqueles que se dedicam à Palavra de Deus, que são exímios ministradores, que presidem bem, devem ser recompensados (I Tm. 5.17). Mas, esses, por sua vez, não podem depositar sua fé no dinheiro, sua principal preocupação deve ser a aprovação do seu trabalho pelo Senhor (I Tm. 2.15). Como Paulo, o obreiro do Senhor deve mostrar a igreja que sabe está contente, independentemente da situação (Fp. 4.11). Evidentemente o Apóstolo precisou aprender, por isso afirmou: “em todas as coisas, estou instruído”. Os crentes que colocam a sua segurança em bens materiais ainda não aprenderam a confiar totalmente em Deus. Isso é resultado de maturidade cristã, e às vezes, de experiências frustrantes. O crescimento toma tempo, e em determinadas situações, é intensamente doloroso. Nem todos podem afirmar com Paulo “posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Um obreiro para chegar a essa condição precisa ter aprendido a amar a igreja que pastoreia acima de qualquer coisa. Cada vez mais temos menos obreiros aprovados nesse sentido, o materialismo está extinguindo os obreiros realmente compromissados com a Palavra. O amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males, está arrefecendo o cuidado dos obreiros pela igreja do Senhor.

CONCLUSÃO
Que Deus desperte crentes amorosos, compromissados com a Palavra, dispostos a mostrarem reciprocidade em amor. Que as mazelas do materialismo, transformado em avareza, não solape a fé dos cristãos (Hb. 13.5,6). Que não venhamos a ser consumidos pela preocupação com os bens materiais (Mt. 6.25-35). Que o amor ao dinheiro nunca venha a nos distanciar das pessoas. Que nossa relação ministerial nunca esteja baseada em valores, mas na disposição de se sacrificar pela igreja do Senhor.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. Philippians. Michigan: BakerBooks, 2000.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Posse do Pr. Ivanildo Dias em São Paulo do Potengi-RN


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O Presidente da IEADERN e CEMADERN, Pastor Martim Alves da Silva, empossou nesta segunda-feira o missionário Ivanildo Barros Dias, casado com a irmã Jaqueline Dias, como novo pastor da Assembleia de Deus em São Paulo do Potengi, substituindo o pastor Edinaldo Barbosa.
Ele atuava como assessor do Pastor Presidente e pastoreava a congregação da Presidente Bandeira (Igreja Polo do Setor I em Natal).
O pastor supervisor do campo de Macaíba, Pr. Josafá Aquino, recebeu o novo obreiro com muita satisfação, desejando-lhe sucesso nesta nova missão eclesiástica.
A solenidade reuniu dezenas de pastores e obreiros em geral, além de autoridades políticas do município.

FOTOS – Jesuino Vieira
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Fonte: O Assembleiano

Obs.: O Pr. Ivanildo Dias é irmão de nosso querido Pr. João, que atualmente, preside a Assembleia de Deus em Caraúbas.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Lição 11 - UMA VIDA CRISTÃ EQUILIBRADA


 

Texto Áureo: Fp. 4.8 – Leitura Bíblica: Fp. 4.5-8

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje daremos continuidade às orientações dadas por Paulo em relação à paz e aos sentimentos dos cristãos. Estudamos, na aula passada, que a oração é o antídoto contra a ansiedade, e que, por meio desta, obtemos a paz. Mais especificamente, nesta aula, trataremos a respeito da mente do cristão. Veremos que nossos pensamentos exercem papel preponderante para uma vida cristã equilibrada. Destacaremos a importância de voltarmos nossos pensamentos para as coisas que são de cima, não para as que são de baixo (Cl. 3.1).

1. ANSIEDADE, A DOENÇA DO SÉCULO
O coração nas Escrituras é a sede das emoções, dos sentimentos, por isso Paulo orienta os irmãos filipenses a colocarem suas mentes em Deus, a viverem em alegria e a buscarem a paz de Deus, a fim de guardarem suas mentes e emoções da ansiedade (Fp. 4.5,6). A mente do mundo, isto é, sua forma de pensamento, conduz as pessoas ao desespero, à ansiedade, e, às vezes, à depressão. Para não nos deixar conduzir pelo modo do mundo ver a realidade, não podemos nos conformar com ele, antes ter a mente renovada, de acordo com a vontade de Deus, que é agradável, boa e perfeita (Rm. 12.1,2). Se mantivermos nossas mentes em Deus, poderemos desfrutar da sua maravilhosa presença, ter a convicção de que Ele estará conosco. Muitas igrejas não sabem mais o que é a presença de Deus, nelas o Senhor está ausente, há apenas rituais religiosos. Algumas atividades da igreja geram ansiedade, pois seus membros não conseguem mais confiar em Deus. Se aprendermos a depositar nossa confiança no Senhor, e a ter a convicção de que o Deus de paz está conosco, guardaremos nossos sentimentos nEle (Fp. 4.9). As emoções do cristão não estão à mercê das circunstâncias mundanas, muito menos dos valores que a sociedade moderna escolheu. Jesus ensinou seus discípulos a não viverem demasiadamente preocupados, antes a confiarem na providência divina (Mt. 6.28-30). Deus sabe das nossas necessidades, devemos trabalhar, suprir as carências familiares, mas não nos tornar escravos do consumismo, e não nos deixar levar pelas imposições da mídia. A Palavra de Deus não promete que teremos tudo que desejamos, na verdade muitos pedem e não recebem porque o fazem tão somente para satisfazer seus deleites (Tg. 4.3). A igreja secularizada absorveu o espírito deste mundo, se tornou um antro de consumismo, distorceu os valores bíblicos. A promessa de Deus, para aqueles que depositam confiança nEle, é Sua presença, e uma paz que o mundo não conhece (Jo. 14.27), e que excede a todo conhecimento humano, inexplicável para a psicologia moderna.

2. A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
A paz que o crente desfruta não é natural, não depende de fatores externos, não pode ser confundida com felicidade. Esta se sustenta em condições materiais, tais como riqueza, fama e poder. Mas a Paz de Deus é resultado de uma experiência profunda com o Espírito Santo, que produz, em nós, e conosco, o Seu fruto (Gl. 5.22). O Espírito Santo está trabalhando para a nossa santificação. O mesmo Espírito que ressuscitou a Jesus Cristo dentre os mortos está atuando com vistas à nossa maturidade espiritual (Hb. 13.20; Ef. 1.19,20). Evódia e Síntique, as servas de Deus de Filipos, precisavam aprender a desfrutar dessa paz, que é demonstração de equilíbrio espiritual. O crescimento espiritual do crente é demonstrado através da sua capacidade crescente para enfrentar as situações adversas. Essa paz é a shalom, que, na língua hebraica, tem a ver com a dimensão integral do ser humano. O cristão que desfruta dessa shalom não se abate quando as circunstâncias são desfavoráveis. Antes se dirige a Deus em oração, apresentando suas necessidades, e se for o caso, inquietações (Fp. 4.6). A paz com Deus nos foi dada através de Jesus Cristo, quando morreu e ressuscitou pelos nossos pecados, dando-nos justificação (Rm. 5.1). Mas a paz de Deus vem com a maturidade cristã, principalmente através dos momentos de oração (Fp. 4.6). A oração contribui para a disciplina da nossa mente, ela põe o foco na Pessoa certa, nos direciona para o Deus de paz. Sem oração, tornamo-nos alvos fáceis do pragmatismo moderno, jamais aprenderemos a esperar com paciência no Senhor (Sl. 40.1). Esta geração desaprendeu a orar, o ativismo nas igrejas é um sintoma dessa triste realidade. Queremos fazer muito para Deus, dependendo apenas de nós mesmos. Sem Jesus nada poderemos fazer, mesmo os resultados humanos não passam de aparência (Jo. 15.5; Ap. 3.17).

3. EQUILÍBRIO NA VIDA CRISTÃ
A vida cristã equilibrada, sem se deixar conduzir por extremos, é uma operação divina, mas carece da participação humana. Os crentes precisam fazer alguma coisa para desfrutarem da alegria e da paz de Deus que excede todo entendimento. O Apóstolo os ordena a pensar – logizomai em grego – primeiramente no que é verdadeiro, alethe em grego, quer dizer “verdade”, mas em oposição ao que é ilusório. Muitos crentes estão pautados no que é aparente, não no que é real. Existe uma cultura do aparente na sociedade, a mídia tem trabalhado para distorcer a percepção das pessoas. A cultura do entretenimento está invadindo as igrejas, as pessoas vão para os cultos para se divertirem, não para ouvirem a Palavra de Deus. Alguns cultos parecem mais com programas de auditório, muita espetacularização, luzes e malabarismos. A teologia da ganância, com o nome de prosperidade, está deturpando o conceito bíblico de espiritualidade, o ter está sendo substituído pelo ser. Essa teologia do engano está sendo repassada como se fosse verdade, e está tirando a paz de muitos crentes, que buscam felicidade, mas não alegria do Espírito, riqueza material, não tesouros no céu. (Mt. 6.19-21). Paulo diz ainda que os crentes devem buscar tudo o que é respeitável, isto é, honesto, sem duplicidade de caráter. A desonestidade está naturalizada na sociedade por causa do pecado. Neste país, em que a política fomenta a corrupção, a corrupção é confundida com benção, há até os que agradecem pela propina a Deus pela propina. Diferentemente do mundo, o crente busca o que é justo, dikaios em grego, que tem a ver com retidão, que o responsabiliza diante do outro. Ele pauta a sua vida na santidade, na pureza, hagnos em grego, investe em valores morais, sobretudo no seu caráter. Nesse caminho do equilíbrio espiritual, busca também o que é amável, prosphiles em grego, que são as coisas agradáveis decorrentes do genuíno amor cristão (I Co. 13). Ao invés de pensar que é torpe, o cristão medita naquilo que é de boa fama, euphemos em grego, ou seja, palavras que não distratam os outros. E por fim, seu pensamento não está voltado para a malícia, mas para a virtude, arete em grego, que é a excelência da vida cristã, e para o que merece louvor, apaino em grego, o que não é vergonhoso.

CONCLUSÃO
O pensamento exerce papel preponderante nas atitudes do cristão, é a partir da mente que o cristão pode ter uma vida equilibrada. Por isso, devemos buscar ter a mente de Cristo, para não pensamos de acordo com o mundo (I Co. 2.16), que jaz no Maligno (I Jo.5.19). Essa não é uma tarefa fácil, trata-se de um exercício espiritual, que deve ser buscado continuamente. Para tanto, faz-se necessário levar cativo todo entendimento à obediência de Cristo, reconhecendo Seu senhorio sobre as nossas vidas (II Co. 10.4,5).

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. Philippians. Michigan: BakerBooks, 2000.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ASSEMBLEIA DE DEUS REALIZA CRUZADA EVANGELÍSTICA NO BAIRRO MAIS POPULOSO DA CIDADE.

         A Assembleia de Deus em Caraúbas, através do projeto “Ação e Fé” que tem como idealizador o Irmão Adenúbio Melo, realizou nesse dia 05 de setembro, quinta feira, mais uma cruzada evangelística, dessa vez no bairro Leandro Bezerra.
          O culto foi dirigido pelo Pr. João Maria, presidente da Assembleia de Deus nessa cidade. Marcou presença no evento  o Pastor Jaime Mariano da cidade do  Apodi, trazendo a ministração da palavra de Deus. O mesmo veio acompanhado da esposa e filho.
          O evento ainda contou com a participação da cantora Andreia Noronha, também da cidade de Apodi, que louvou ao Senhor com vários hinos.
            Um grande número de irmãos se fizeram presentes, assim como também de ouvintes da Palavra de Deus.